Flores e partida

Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós (Clarice Lispector).

domingo, 26 de agosto de 2012




Poema XXVI


Se bronze, pedra, terra, mar sem fim
Estão sob o jugo da mortalidade,
Como há de o belo enfrentar fúria assim
Se, como a flor, é só fragilidade?



Como há de o mel do estio respirar
Frente o cerco dos dias, que é implacável,
Se nem rochas o podem enfrentar
Nem porta de aço ao Tempo é impermeável?


Diga-me onde, horrível reflexão,
Pode o belo do Tempo se ocultar?
Seu passo é retardado por que mão?


Quem pode a ruína do belo evitar?
Só se eu este milagre aqui fizer
E a tinta ao meu amor um brilho der.


(William Shakespeare)
Postado por Graziella Marques às 19:30
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Amo todas as modalidades da arte. Admiro a natureza. Reservei este espaço para desenvolver os temas que mais aprecio na vida.
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E nem flor de lilás tenho que enfeite A minha atroz, imensa nostalgia! … A minha pobre Mãe tão branca e fria Deu-me a beber a Mágoa no seu leite ( Florbela Espanca)

Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....(Florbela Espanca)

Se fazer fosse tão fácil quanto saber o que seria bom fazer, as capelas seriam igrejas, e as choupanas dos pobres, palácios de príncipes.(William Shakespeare)

"Teus olhos são meus livros. Que livro há aí melhor, Em que melhor se leia A página do amor? Flores me são teus lábios. Onde há mais bela flor, Em que melhor se beba O bálsamo do amor?" (Machado de Assis)

" Não vivo em mim; torno-me parte daquilo que me rodeia. As montanhas ferem-me a sensibilidade, ao passo que a bulha das cidades humanas só me tortura. " ( Lord Byron)

Ao coração que sofre, separado Do teu, no exílio em que a chorar me vejo, Não basta o afeto simples e sagrado Com que das desventuras me protejo. (Olavo Bilac)

Ela varre com vassouras multicores E sai espalhando fiapos, Ó Dona arrumadeira do crepúsculoVolta atrás e espana os lagos: Deixaste cair novelo de púrpura, E acolá um fio de âmbar,Agora, vejam, alastras todo o leste Com estes trapos de esmeralda!( Emily Dickinson)

Asa negra que esvoaça...Negros dias ensombrados!Roubaram-me toda a graça aos meus olhos macerados!Nevrótica, fim de raça..Os meus nervos delicados.vão sucumbindo à desgraça dos tristes degenerados!(Judith Teixeira)

A verdade é que eu sempre gosto das mulheres. Gosto da falta de convencionalismo delas. Gosto da integridade delas. Gosto do anonimato delas.(Virgínia Woolf)

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. (Clarice Lispector)

Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza. (Pablo Neruda)

Nem me ames pelo pranto que a bondade de tuas mãos enxuga, pois se em mim secar, por teu conforto, esta vontade de chorar, teu amor pode ter fim! Ama-me por amor do amor, e assim me hás de querer por toda a eternidade (Elizabeth Barrett Browning

Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre. (Cecília Meireles)

O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar. (Carlos Drummond de Andrade)

Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível. (Charles Chaplin)

Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo...(Mário Quintana)

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades.(Luís de Camões)

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.(Fernando Pessoa)

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